domingo, 2 de abril de 2017

RESENHA: O Juiz de Paz da Roça/ Quem Casa Quer Casa/ Os Dois ou O Inglês Maquinista

Oi, gente! Hoje trago para vocês a minha resenha das peças de teatro de Martins Pena.

SINOPSE:

Apesar de serem datadas, as peças de Martins Pena apresentam alguns temas universais: problemas familiares, corrupção e injustiças. Os temas próprios da época são os que versam sobre casamentos, heranças  dotes. Encontramos nestas três peças a galeria de tipos do autor: funcionários públicos, padres, meirinhos, juízes, malandros, matutos, moças namoradeiras ou sonsas, guardas nacionais, mexeriqueiros, viúvas, etc. Não importa qual leitor, se do passado ou do contemporâneo, mas ele sempre consegue alguma identificação com a leitura das peças, além de dar boas risadas.


RESENHA:

O Juiz de Paz da Roça

A peça é sobre um juiz de paz um tanto corrupto que aceita agrados e mimos dos roceiros em troca de melhores julgamentos, os mimos vão desde laranjas até leitãozinho ou galinhas.
Foi divertido, mas devo confessar que não foi engraçado a ponto de me fazer rir, talvez por corrupção não ter graça mesmo e por nós continuarmos a viver com algumas injustiças, ou muitas, em 2017.

"Ao menos com esta visita eu lucrei. Sr. Escrivão, veja como estão gordas! Levam a mão abaixo. Então, o que diz?" p.31.

Minha nota: 3 pontos

1 - por ser rápido de ler; e
2 e 3 - por ter sido bom.


Quem Casa Quer Casa

Essa com certeza foi a mais engraçada, começa com nora e sogra discutindo sobre quem irá mandar na casa. Há três casais morando sob o mesmo teto, onde temos uma sogra ranzinza; o sogro, que só pensa em religião; a filha chorona; seu marido, que quer apenas estudar sua música, mas que está enlouquecendo os outros moradores com o desafino; o filho gago, que obedece a mãe e faz tudo por ela; e a nora que quer ser a senhora da casa também.
É uma confusão muito divertida e vale muito ler, você vê muito disso em algumas famílias.

Uma das discussões entre sogra, Fabiana, e nora, Paulina:
"Paulina: A mais velha conhece melhor as necessidades...
Fabiana, à parte: a mais velha!
Paulina, com intenção: A mais velha deve ter mais juízo...
Fabiana: A mais velha, a mais velha... que modo de falar é esse?"
p. 63.


Minha nota: 4 pontos

1 e 2 - por ter sido engraçado;
3 - por ser rápido de ler; e 
4 - por ter sido muito bom.


 Os Dois ou O Inglês Maquinista

A peça é sobre como um, ou vários, mal-entendido pode fazer grandes estragos e que a esperteza pode ser a grande arma quando não se tem dinheiro e se está apaixonado.
Ao ler esta peça lembrei muito das novelas "O Cravo e a Rosa" e "Chocolate com Pimenta" da Rede Globo, não ri muito, mas não foi de todo ruim, foi o mais romântico.

"Felício: Meu amor, perdoa. O temor de perder-te faz-me injusto. Bem sabes quanto eu te adoro; mas tu és rica, e eu um pobre empregado público; e tua mãe jamais consentirá em nosso casamento, pois supões fazer-te feliz dando-te um marido rico." p. 88.

Minha nota: 3 pontos
1 - por ter sido bom; 
2 - pelo mocinho ser esperto; e 
3 - por ter sido rápido.

Sobre a minha edição:

Eu comprei na feirinha do livro que teve no shopping Mogi, na época paguei três reais, as folhas são aquelas que parecem jornal, é uma edição bem simples, sem orelhas e amassa fácil se não tomar cuidado.


Algumas fotos: 



Foi isso, gente. Até.

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