Oi, gente!
Hoje temos resenha de Agatha Christie.
Título original em inglês: Murder in Mesopotomia
Autora: Agatha Christie
Páginas: 240
Editora: Nova Fronteira
Sinopse
A enfermeira Amy Leatheran é contratada para se juntar a uma expedição arqueológica no Iraque. Mas sua função ali tem bem pouco a ver com ruínas e artefatos: ela deve vigiar de perto a bela Louise Leider, que está cada vez mais apavorada com a ideia de que talvez seu ex-marido não esteja tão morto quanto acreditava.
Louise pode estar imaginando coisas. Mas o fato é que, uma semana após a chegada da enfermeira, a mulher é encontrada morta no próprio quarto, e agora cabe a Hercule Poirot identificar o assassino. Quem terá sido? Tudo indica que o culpado está entre os membros da equipe de cientistas...
Resenha
A narrativa é em primeira pessoa, estamos sob o ponto de vista da enfermeira Amy Leatheran, que fora contratada pelo Dr. Leider para cuidar da saúde de sua esposa, Louise Leider.
Ao chegar à casa, tudo para a enfermeira parece normal, a paciente não demonstra sofrer de qualquer moléstia física, e sim, algo relacionado aos nervos. A primeira vista, a narradora sente que Mrs. Leider é uma melhor deslumbre e que cativa as pessoas, todos ao seu redor, mas nota um certo incômodo no ar, uma tensão entre todos os moradores, que são: Mr. e Mrs. Mercado, Miss Johnson, Mr. Coleman, Mr. Reiter, Mr. Emmont, Mr. Carey, padre Lavigny, Mrs. Leider e Dr. Leider.
"O termo não podia ser mais adequado: Sim: uma inquietação." p. 50.
Com o passar dos dias, a aflição de Mrs. Leider se tornou excessiva fazendo com que conte para a enfermeira o que ocorrera em sua vida, de seu casamento, de sua viuvez, de cartas ameaçadoras e do medo que seu ex-marido fizesse algo contra si.
Não demorou muito depois da confissão, Mrs. Leider tornou-se vítima de assassinato.
Hercule Poirot é chamado a investigar e a primeira conclusão é que Todos são suspeitos!
Eu não descobri quem poderia ser, desconfiei de todo mundo, mas nunca com evidências suficientes, sempre acabo frustrada por não conseguir juntar os pontos, o que é o contrário da leitura, que toda vez me cativa. Teve uma cena que me representou quase totalmente, a enfermeira estava lendo um romance policial (creio que seja não exista tal romance, pesquisei, porém não achei nada) e ao chegar no desfecho contou para nós:
"... a assassina fora a ... de quem eu nem sequer suspeitara!" p. 72.
Devo confessar que demorei para ler, não conseguia entrar no espírito de detetive. Porém quando o ritmo veio, não desgrudei do livro até terminá-lo.
Gostei bastante da enfermeira. Ela é uma boa personagem, firme e perspicaz, vi-me na pele dela em certas cenas.
Quanto ao Poirot, que sagacidade, um pouco excêntrico talvez. E mais uma vez mostrou o quão bom ele é quando desvendou um segundo mistério que eu nem dei bola. Sobre o aspecto físico dele, eu já conhecia desde outro livro (Cinco Porquinhos), mas vem a enfermeira e me vejo nela outra vez quando peguei Agatha Christie e encontrei o detetive sem nunca ter contato com ele antes.
"Não sei o que havia imaginado -- algo meio parecido com Sherlock Holmes -- alto e magro, de fisionomia perspicaz e inteligente. Sabia, naturalmente, que era estrangeiro mas não esperava que fosse tanto assim, se é que me faço entender." p. 86.
Para quem gosta de mais ação com caçadas alucinantes atrás do assassino, pistas e pistas, não recomendo muito, pois ele é algo mais psicológico, mais interno, Poirot é um detetive psicólogo forense, creio eu, ele investiga a Pessoa em primeiro lugar, e isso não tira a emoção de forma alguma, aliás, é o que tornou único.
Minha edição
É em capa dura, folhas amareladas e veio em uma box com mais dois livros, achei uma edição muito bem caprichada e comprei na Bienal de São Paulo de 2014, logo quando vi exposto na estande me apaixonei, mas me arrependi depois ao ver que poderia ter pagado mais barato pelo internet kkkk.
Há diversas edições desse livro e pesquisando encontrei adaptação cinematográfica [link|https://filmow.com/morte-na-mesopotamia-t50219/].
Minha nota 🌟🌟🌟🌟
Muito bom, gostei e recomendo imensamente. Não dou mais estrelas porque não superou "E não sobrou nenhum" (antigo "O caso dos dez negrinhos"), apenas por isso.
Então, até.
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